Se tem uma frase que não me agrada em nada é: “A primeira impressão é a que fica”. Essa máxima é tão sem sentido e vazia que eu precisei ressignificá-la há muito tempo na minha vida. E que bom que o fiz!

Começo meu texto sobre o Pátio Ninféia salientando esse meu pensamento porque é justamente por causa dele que eu respirei fundo e fui atrás de entender o que havia por trás desse espaço assinado por Marina Campanhã.

À primeira vista, me parece um ambiente desconstruído, com poucas características do que eu vi de Marina na primeira edição da CASACOR Piauí com Boqueirão — e fugindo até do feito na CASACOR Ceará com o Jardim Nhanduti (em parceria com Cíntia Senna).

Pátio Ninféia CASACOR Piauí 2025

Esses dois ambientes supracitados trazem a densidade e a presença do verde que se tornaram características de Marina para mim. Então, é natural um espanto ao adentrar o Pátio Ninféia.

Em conversa com o Meu Imobiliário, Marina Campanhã explicou que a proposta do seu espaço para a CASACOR Piauí passava por um briefing que, entre outras diretrizes, pedia a não ocultação das fachadas que circundam toda a praça.

Só aí nós já temos a minha quebra de objeção ao espaço, pois, olhando por essa perspectiva, temos uma entrega assertiva, conceitual e muito bem apresentada.

Como a própria Campanhã contou ao site, essa foi uma oportunidade para apresentar versatilidade na hora de construir seu ambiente na CASACOR Piauí 2025. E isso ela entregou muito bem!

Pátio Ninféia CASACOR Piauí 2025

O Pátio Ninféia tem espaços de destaque, como o palco dentro do espelho d’água; citado por mim no texto geral sobre a CASACOR Piauí como um dos mais desejados desta edição na hora de fotografar.

Fátima Campos e Isa Moema contribuem para abrilhantar ainda mais a composição dos espaços do paisagismo de Marina, ao entregarem uma arte no espelho d’água feita com cerâmica e um pergolado cheio de charme, respectivamente.

Ainda temos um ar-condicionado natural e um banco vermelho que contrapõem a proposta “limpa” do ambiente. Sacadas que se destacam em meio a uma composição simples em que até a mudança de luz provocada pelo telão fazem a diferença na exposição do espaço.

No vídeo abaixo, você confere o que Marina Campanhã nos contou sobre o Pátio Ninféia e a observação que fiz no parágrafo acima. Assista:

Para arrematar, concluo: “A primeira impressão não é e jamais deve ser a que fica”, pois ela exclui a nossa capacidade de conhecer e compreender o que nos é apresentado. Certamente, eu poderia não ter gostado mesmo depois de saber os porquês; todavia, o que me faltou aos olhos me saltou ao conhecimento.

Parabéns, Marina Campanhã!